segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pegando Fogo

Pego com as mãos
O fogo ardente, sem
Me queimar. Como um
Belo jogo...Viciante
Não consigo controlar

Pelas mãos, as labaredas
Se espalham e vão por
Todo o corpo. Aquece a
Alma, incendeia o peito

Invadindo as veredas
Explora mil sentimentos
Ocultos. Permito-me...
Sinto fugir minha calma

Qual vulcão incandescente
Deixo escorrer rio de lavas
Nesses versos indecentes
Não medirei minhas palavras!

Os Meus Versos de Amor

Os meus versos de amor
Denunciam-me; transparentes
Carnais, sem pudor, quentes
Revelam-me; botão em flor

Os meus versos de amar
Falam. Isentam-me do gesto
De discursar. Em vão protesto
Quando acusam-me de vulgar

Os meus versos de amor
Fazem-me voar em devaneios
Me entrego, então, sem receios
Revelo minha essência, sem pudor

Os meus versos de amar
São miragens no deserto
E ter você aqui por perto
Aplaca de vez a minha sede
E faz a minh'alma serenar

A Minha Dor de Amor

Dói
Crava e corta como lâmina de aço
Afiada como língua ferina, má
Talha e sangra todo o ambiente
Deprimente; roupas fora do lugar

Dói
Respinga por todo o quarto
Maculando nossa cama
Registrando o duro fato
Imprimindo o meu fracasso
Conturbando minha visão

Dói
E como gotas lenitivas
Bebo meu próprio sangue
Envenenando de vez o corpo
Pois a alma...já se foi...