sábado, 19 de julho de 2008

Selvagem(acróstico)

Seduzo com maestria
Estendendo apenas a mão...
Lindamnte adornada
Vão-se os olhos...vai-se a mão!
A deslizar pelo corpo
Gostosamente ensaboado
E o perfume a exalar!
Meu quarto incendiando e o sabão a deslizar...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alma Cigana

Tenho Alma Cigana!
Tu não me engana,
se eu não quiser!

Viverei
numa cabana,
se uma proposta
eu tiver!

Sou amante da lua,do fogo,
da água,do vento,da natureza!
Adoro fazer bom jogo,
e dar respostas
com muita firmeza!

Sou dona de ouro e prata!
Uma mulata,chamo atenção!
Meu corpo quase que mata,
de tanto dar satisfação!

Gosto muito de enfeite!
E de deleite...nem me diz!
Só não quero que me rejeite
esse coração de aprendiz!

Devassa

Chamam a mim: devassa!
E por mais que eu faça,
não perco o codinome...

Pudera!
No meu sobrenome,
existe um pronome,
que beira à sedução!

Mas eu,
mulher de renome
que não se consome
com a falação...


Dou as costas
pra esse prénome!
Quem não gostar,some,
com a imperfeição!

Ao Filho da Poetisa

Tua mito(-)lógica figura
me acena desde a infância!
imagem que me fulgura
nos sonhos,grande constância!

Ave rapineira a garimpar,
versos proféticos encantados!
Buscando neles,par em par,
a justificativa dos enamorados

E rumando tu,em frente,sem limite
digo eu,ao vê-lo seguir,
que carrego em mim um bom palpite:
de escrever,nunca hás de desistir!

Dá-me

Dá-me as angústias tuas
e um belo poema irei compor!
Descobrirei as estradas nuas,
emolduradas a teu dispor!

E compondo,lindamente,
livrarei-te desta dor!
Soprarei suavemente,
no teu ouvido,o que é o amor!

E livre da dor angustiante,
seguirás uma vida serena!
Com um sentimento constante,
viverás de maneira plena!

Poli

Polifásica,transparente,insistente,
indecente,compulsiva e algo mais!
Que me torne pouco mais consistente,
agregar,penso que sou capaz!

Me disfarço à noite e de dia,
talvez para poder sobreviver!
Me livrando de qualquer agonia
vou compondo ao meu belprazer!

E o prazer que hoje eu te revelo
me acompanha a noite:melhor!
Me aproximo ainda mais do que é belo
sem derramar uma gota de suor!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aceno

E por quê não?
tirarmos as máscaras,
andarmos com o coração
na mão?

Vestir-mo-nos
com a alma nua, e sorrir!

E por quê não?
Deitar-mo-nos
no chão da rua e sentir!
Amar-mo-nos
à luz da lua, seduzir!

Porque o não?

Se sim, sou o aceno
e o desejo ameno
de ser berço e barco
desse coração devasso?

Porque não o sim,
se o não me abandona à sorte
e fico a desejar a morte?
Embarco nesse barco, enfím.

Pois, que sim!!
E assim seja!
Sendo eu, navegador (preciso) dos mares
a aportar no cais de mim.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mina de estrelas

Mina minha de estrelas,
que reluz mesmo ao dia!
Eu sonho tanto em tê-las!
Tamanha é minha euforia!

Tamanha é minha euforia,
em salpicar meu cúe de sóis!
Resplandescência em nós,
composição do que é dia!

E dia a dia ,nós dois ,a sóis
dois amantes;complacentes
desataremos os muitos nós
desse amor tão compulgente

Desse amor tão compulgente
meu viver,quão consequente
Reavivado ,ser versejante!
Realizado em ser mais amante!
É isso!!! bjs

Ata-me!

Domina-me!
Prenda-me aos teus braços!
Preciso dos teus abraços,
para sentir-me teu!

Toma-me!
Invada a minha boca!
Delira,faça-te louca!
Imploro pelo corpo teu!

Sacia-me!
Suprime meus sentidos!
Atenda os meus pedidos!

Ata meu desejo ao teu!
Serenissima/08

Nunca Fui Santa

Nunca fui santa!
De pequena ralava o joelho,
que ficava todo vermelho
com as marcas do duro chão!

Com os meninos, jogava bola!
Cabulava aula na escola
somente por distração!

Subia no muro alheio,
roubava fruta sem receio,
de toda e qualquer punição!

Andava descalça na rua,
pouca roupa,quase nua:
Deitavam em mim falação!

Diziam que eu era menino!
Diziam que eu não tinha tino,
nem tão pouco educação!

Cresci,me tornei mulher
que sabe bem o que quer
sem nenhuma ponderação!

Mas o rótulo ainda carrego
e a ele de alma me entrego:
Nunca fui santa,não!

Hesitação

Necessito
obtemperar valores,
princípios!

Aquieto-me!

Hesito...

Novamente reflito!

Aguardo...

Agonia martiriza a alma...


Rendo-me!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Doce Rio

Na beira de um doce rio,
um vento frio então cantou!
Um passarinho desceu do ninho,
e um sublime amor me revelou!

Essa revelação perfeita
tao rarefeita,me encantou!
Assemelhava-se a coisa feita!
Sem ser desfeita,me decantou!

Com o peito,então , arfando,
Dominado eu me senti!
De amor me,contagiando
Jurando :Amarei somente a ti!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cruel

Cruel és tu,
coração meu!
Que me põe
nessa situação de embaraço...

Não consigo atar o laço!
Passe o braço
à lucidez!
Não seja tão ingrato,
decida-se de vez!

Senão,ficarei aflito
capaz de soltar um grito
ensurdecedor!

Senão,ficarei falido!
Com o peito corroído
tamanha acidez!

Deixa corar minha tez!

Quero amar outra vez!

Ver-te

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do convés,
má-sorte,azar,revés...
Eu:sem noçao!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do mundo,
roto,sujo,imundo...
Eu:sem comoção!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do mudo,
surdo,cego,desnudo...
Eu:sem objeção!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés da fonte,
sedento,agonia ao monte...
Eu:sem obtemperação!

Enquanto você dormia

Enquanto você dormia
fiz verso,fiz poesia
e na madrugada fria:
me animei!

Rimei,sonhei acordada
que eu era por ti amada
e por ninguém comparada:
me excitei!

Voltei para a cama correndo
com pressa,saí do sereno
entrelacei com meu moreno:
E o amei!

Concubina

Ofereço-te o corpo meu
faça dele o que quiser!
Prenda-o junto ao teu
faça-me mais que mulher!

Derrama em mim teu gozo
agri-doce...alucinante!
Lança-me um, olhar jocoso
como se fosse principiante!

Serei tua concubina
dançarina dos sete véus!
O que não souber,me ensina
levando-me então aos céus!

Sinto-te

Sinto-te salivar
enquanto lentamente dispo-me
e tanto gosto tenho nisto
que me demoro um pouco mais...

Seria capaz
de levar uma eternidade
só para ver-te gozar
sem contato!

Mas o fato,
me privaria do teu jato
quente e viril...

Induzo-te
a possuir-me
antes mesmo de concluir
meu pensamento...


E no gozo do momento
encontro minha paz!

Delírios

Minha mente
em convulsão,delirou...
E vagou por paragens estranhas
dessas de arrepiar:

Vi corcéis decaptados
alados,com labaredas incandescentes!

Vi botos,tritões e sereias
nas areias de escaldante deserto;quentes!

Vi por fim,futuro incerto
plainando sobre minha cabeça!

Não que eu mereça,
mas obtempero po desperta!

Ao Pó

Apega-te a fria armadura
presa em fausto melindre
acabrunha tua fisionomia bruta
restringuindo em vis,tuas atitudes

Entrelaça teus braços ao peito
nórdico plano traçado
quedado ao relento,suspeito
aspirando o pó , sufocaste

Engasgado com tosco requinte
convulsiona,asfixia-se e parte
sucumbindo tal qual um pedinte
sai do mundo bem como entraste!

Uma poesia

Uma poesia
Caliente
Indecente
Consciente

Uma poesia
Às vezes amena
Às vezes serena
Às vezes pequena
Às vezes plena


Uma poesia
Valente
Cadente
Vidente
Coerente

Uma poesia
Que presente!
Que antevê!
Que sente!

Uma poesia...Você!

domingo, 6 de julho de 2008

Lua Nova

Lua nova
me prova
nova lua
novamente tua
serei;
totalmente
nua de pudore
mas com meus valores
me preservar!

Lua nova
nova lua
me prova
perfeita;novamente
para gente se amar!

Sopro gélido

Senti um sopro gélido
a envolver o corpo meu
e fiquei assim,tétrico
como se estivesse num breu

Todo meu ser,serenou
toda minha carne,fria
a agonia,que você gerou
transformou-se em poesia

Foi então que então que entendi
o que muito desejava
um anjo gélido;compreendi
foi ele a quem beijei...

Expurgo

Expurgo todo meu pecado
sai assim;podridão fedida
envolta por ser alado
minh1alma foi socorrida

E o o ser a lado,bondoso
resgatou-me da podridõ
passo então a ficar mais cheiroso
expurgado,levanto do chão!

A Concha

sábado, 5 de julho de 2008

À parte,ida

À parte;
tua ida não será em vão
partirás mas deixarás teu coração
na mão de quem tanto te ama

Indubitavelmente,
não te enganes
pois a prerrogativa é verdadeira
a família torcerá (inteira)
pelo teu sucesso lá fora

Que não tardará(sem demora)
mas ainda assim,é chegada a hora
de dizermos,à parte,uma despedida:
-Vá em Paz!

(pela despedida de um querido,convocado à Angola)

Eu

Busco-me
sem encontro
martirizo minh'alma
apelando a recursos impróprios
sem resultado...

Cansada,
sem fôlego para continuar
entrego-me à inércia
abrindo fundas feridas,expostas
difíceis de cicatrizar...

O tempo,
paciente e companheiro
faz-me ver de corpo inteiro:
uma imagem pavorosa...

Num estalo,desperto!

Agora,
novamente diante do espelho
vejo um reflexo verdadeiro
encontro-me diante de mim!

Ré...confesso

Sou culpada
por ser tão impulsiva
e me torno repulsiva
por tão frágil emoção

Sou culpada
por não ter receio
e não segurar o freio
da imaginação

Sou culpada
sou ré... confesso
nem por isso eu peço
a absolvição

Pagarei
pela pena prevista
pode mandar a lista
da condenação...

Tudo parou

Tudo parou!

O fogão que acendeste
os lencóis que embolaste
a torneira que a pingar deixaste
o cachorro que afagaste
o vento que soprar fizeste...

Silêncio!

E enquanto tu partias
sem grandes agonias
um olhar triste encenaste

Para trás,uma despedida:
deixaste estendidas
tuas roupas pelo chão

Bem ao lado,
um bilhete cheiroso
com um texto horroroso:
-Te quero mais não!

De tudo

De tudo
sinto um pouco:
ira,inveja,desejo
repulsa,calor,teu beijo...

Mas o que mais me envaidece
é lançar-te um olhar indiferente!

Quisera eu,na verdade
que tu,num ato impulsivo
gritasses ao pé do meu ouvido:
Querida,te amo também!

Minh'alma

Minh'alma vagueia
perambula por becos escuros
a procura de um pedaço de pão

Não!

Não quero ser mais um indigente
um pedinte,um náufrago no temporal
mas sinto uma fome doída,latente

Que me corrói o cérebro
que me corrói o âmago
que me corrói o orgulho

Que me corrói...

E de mim,pouco resta
a não ser minh'alma vagante
a procura de um pedaço de pão...

Não quero!

Não quero
nada que me prenda
nem vestido de renda
nem ao menos batom

Passei
pela vida rasgada
e vivi engasgada
como a prender o tom

Agora,
desfeita a trama
me despeço sem drama
em alto e bom som

Só peço,
não me mande flores
tiraram-me as dores
ah!como foi bom!