quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Leve Lança

Lanço levemente
A leve lança
Levando à ponta
Um lindo lenço

Apontando em seta
Segue serenamente
Seu caminho

Longe e leve vai
A leve lança
Breve, alcança logo
Seu destino

O lenço, forma
Um lindo laço
Perfumado:
Lírio e jasmim

Levemente;
Sem embaraço
A leve lança
Desata o laço
Trazendo de volta
O teu amor a mim...

Incoerência

Meu querer me faz presente
Mas a necessidade me ausenta
Um estágio tão incoerente
Onde meu eu se afugenta

Emudece alma minha
Entorpece minha mente
Enlouquece-me...Sozinha...
Sem querer; simplesmente

Outro Temporal

Novas folhas
Varridas
Velha poeira
Turvando visões

Cala-se o eco
Do canto esquerdo
Sussuro distorcido
Em grito mudo

Novos fios em teia
Velha rotina assentada
Nós...permanecem...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Amante da Poesia

Fiz-me amante da poesia
derramo em noite fria,
todo meu despertar...

São emoções rasgadas
pedaços de mim; do nada
sem testemunha ocular

Depositadas num papel
às vezes , soltas ao léu
com o vento a levitar...

Na penumbra, ocultados
à luz de velas, candelabros
rima e verso a desfilar...

Um cenário tão perfeito
se não fosse esse jeito
de rompante, me deixar...

Quando parte, sofro tanto
choro, derramo meu pranto
não consigo conformar...

A saudade é tamanha
me toma uma coisa estranha
sinto quase um sufocar...

Mas quando volta, que deleite
tantos versos, tanto aceite
ponho logo a delirar...

Sou feliz: te amo tanto
em rimas, expresso o quanto
em versos...meu derramar!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Certeza Absoluta

Às vezes, perco-me
em dúvidas cruéis
rabisco versos em papéis
rotos;palavras sem sentido...

Busco argumentos inexistentes
Sofro indiscriminadamente
por futilidades mil, tolas incertezas...

Na verdade, essa minha busca
incessante pela certeza
é vontade louca de pôr à mesa
tudo conforme nosso jeito; insistente!

Pois de todas as dúvidas que carrego
uma certeza...eu emprego:
É a certeza absoluta
de que nosso amor é permanente
e que nunca...jamais se esgotará!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Despertar

Sou um ser de letras composto
pensamentos delirantes
mente convulsiva
mãos inquietas

Uma ogiva dissolvida
em versos livres
rimas presas:
pobres às vezes
ricas; raramente

Apesar de tamanha inquietação
dou-me ao luxo da desinspiração
sem contudo cair em desesperação!!!

Descanso...

E no despertar,
no derramamento
do meu canto, sereno
sinto-me um ser
infinitamente pequeno
diante de tudo que
não pude ver...

domingo, 23 de novembro de 2008

Louvando

LouvandoCansei
de cantar as tristezas
quero louvar a alegria
derramo nesta poesia
umas poucas certezas:.

Ser feliz é o que importa:
inda que te fechem a porta
uma janela se abre;então.

Eu te peço, venha comigo
cantar a alegria nossa
Na vida, não há que possa
estar feliz sem ter amigo!

Arrasto

Sou levada pelo vento
me entrego à maresia
e uma brisa fria
invade todo o meu ser...

Sem perceber
me encontro em alto-mar
me sinto sufocar
tamanha a solidão...

Nada vejo além
aquém ou adiante
e um tremor constante
me faz amendrontar...

Mergulho,vou ao fundo
em busca do tesouro:
pérolas para um mundo
que sonha em poetar...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Feitiço Sensual

Foi assim, como num laço
Me prendeu no teu abraço
E começamos a bailar

Suas curvas, provocantes
Num vai e vem constante
Me fazendo derrapar

Seus cabelos, contra o vento
Em tão lindo movimento
Com perfume a exalar

Suas mãos, como de fada
Tão pequenas, delicadas
Um leve toque... arrepiar

Sua boca, doce mimo
Me senti como um menino
Como um doce a desejar

Sua voz, sussuro leve
Deixa a minha assim, de greve
Pra poder te escutar

Seu olhar, quente; de fogo
Me enreda assim, num jogo
Já não consigo evitar

Um conjunto tão perfeito
Que me deixa assim, sem jeito
Não consigo acreditar

Mas não pode ser casual
Ao teu feitiço sensual
Hoje eu vou-me entregar!

O Encontro

Fragmentei-me...
E meus cacos, estilhaçados
espalhados ao chão
observei...atentamente

Onde estaria você
nesse momento?

Sem forças, me deixei
assim, por horas, a refletir
Onde estaria EU nesse momento?

Me anulei,
vivendo tua vida, simplesmente...
Quero reagir!!!
Quero me libertar de ti!!!
Quero me encontrar em mim!!!

Junto, cuidadosamente, os cacos...
Após longo tempo, me refaço!
Caminho, ainda frágil, e paro
diante do espelho.Reflexo claro!
Admiravelmente raro! Me deparo,
livre; o encontro esperado, enfim:
Encontro-me diante de mim!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sensualidade Nua

Dispo-me de pudores
despeço-me dos amores
que só me levaram ao chão

Livro-me das amarras
desato nós, abandono farras
que só me levaram a degradação

(...)

Liberta então e de culpa despida
encontro em teu colo, sonhada guarida
para derramar minha verdadeira emoção

Pulsa meu peito, compulsivamente
teu olhar mais grave e de repente
acontece o incêndio, uma explosão

Corpos enlaçados, em nós displicentes
extasiando desejos contidos, carentes
completos, enfim, numa grande exautão

Sentindo-me assim, tão completa e tua
totalmente entregue, corpo e alma nua
encontro enfim, completa satistação!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

CONFESSIONÁRIO LITERÁRIO (acróstico)

C onfesso neste momento
O único pecado confessável
N ão sou poeta!
F aço rabiscos com a pena
E stilhaçando seu bico
S ó isso...
S e poeta fosse eu
I nventaria mil amore
sO u sofreria tantas dores
N ão pertencentes a mim
A h...não sou poeta!
R epresa minha transborda
I ndo de encontro ao papel
O rvalhado por mim...

L ogro factual
I nvestida reprovável
T entativa de enganar
E passar-me por artista
R éles reprodutor de mim...
A punição imputada
R ígidamente; eu aguardo
I mploro somente, não me rasgue
O rabisco que ainda irei fazer...

Alma Noturna - Dueto

Surge com a noite uma inquietude;
fervilhando na mente e na alma,
palavras soltas no olhar...
Borbotam pensamentos fulgidos
ora tensos, oras brandos que me fazem levitar.

No breu ardente dessa madrugada fria,
posso voar entre as paredes desse céu...
Delirante, minha alma flutua
a procura da visão perfeita
desejante desse mel.

Longe...

Lá, onde as nuvens se debruçam
e a paz é canção em voz de criança,
minha alma, outrora aflita, agora
noturna, chora pérolas negras de pura poesia
e se inflama nas chamas dessa madrugada fria.

E finda, declarando e declamando aos quatro cantos;
Berrando e derramando mil encantos
na escrita sublimada...

Revelando a poesia!

Lena Ferreira & Lucas de Oliveira

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Gotas de Delírio- Dueto

Nossas noites de plenos desejos
São como um mel em minha boca
Adoça meus impudicos almejos
Em frenesi, entrega-se como louca

São delírios corpóreos, em gotas
Derramadas, molhando lençóis
Desfazendo as roupas tão rotas
enfeitando-nos qual mil girassóis

Ah! Como perco-me em tuas curvas, tua tez
Num emaranhado de beijos umidecidos
E nossos corações se abraçam enlouquecidos
Num momento lascivo de extrema avidez

Pudera estarmos assim, eternamente, agora,
deleitando-nos nesse frenisi compassado e lindo
Que nos fazem dois amantes, cúmplices e rindo
Embriagados do sabor de nosso néctar, que aflora!

Sérgio Murilo & Lena Ferreira

Eu, Poeta!

O ser que em mim habita
transborda mil sentimentos
e nesse transbordamento
minh'alma põe-se aflita

E essa aflição tão plena
desfaz-se em um segundo
percorro, vou lá no fundo
de novo, faço-me serena

E como um sopro, brisa leve
minha mão, num instante,breve
conduz, serenamente a pena

Sentindo-me, assim, tão plena
razão tão forte,que me completa
revela-se diante de mim: eu, poeta!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um vento

Nego a estagnação
abominável, de sensações
privadas; sufocantes

Invento um sopro
do nada,
o ambiente a renov(ar)
Toma então volume
circula
levanta
folhas secas;
de tudo:

revolve
envolve
absorve
absolve
resolve
devolve

Um vento
(in) vento

Completude

Nada mais que a eternidade
quero-te aqui, ao meu lado!
Loucura a minha ou vaidade?
Ainda avalio, com cuidado...

Não nego a beleza da cena
por debaixo da imensa lua
alma agitada, se asserena
mesmo vestida sinto-me nua...

Dispo-me assim, complacente
sob o crivo do teu olhar, forte
de maneira muito reticente
conduz a minh'alma ao norte

E é ao encontrarmos esse pólo
que nosso amor se completa
intimamente, expostos ao solo
esvaem-se em prazer, dois poetas!
Sinto-me
fragmentada
garganta
em forca
nó gástrico
só!

De oxigênio
privada
visão
conturbada
a mente
novelo
mãos
eufóricas
joelhos
tremidos
pés
deprimidos
ombros?

Tanto faz...

Cavalgar

Monto em pêlo
meu Corcel Selvagem!
Parece até miragem
mas eu o dominei!

Minhas ancas, libertas
prendem-se ao seu corpo
num encaixe perfeito...

Meu corpo estremece todo:
efeito convulsão...
É feita a união!

E de trote em trote
inicia-se um cavalgar:
Que compasso!
Que bela apresentação:

Ritmado!
Ritmado!
Ritmado!
Ritmado!
Ritmado...

E antes de chegar ao destino
puxo-lhe a crina
e ouço seu grito...
De prazer!

Temporal

Anuncia-se
um temporal:
vento norte
varre folhas
levanta poeira
desata nós

g
o
t
a
a
g
o
t
a chuva
c
a
i

Desata-nos
temporal:
vento forte
varre folhas
mil escolhas
levanta; inteira
a vida a sós

Dois Inteiros

Duas metade a formar
um inteiro, não!
Dois inteiros a formar
um par; independentes
passíveis de fragmentação

Cada inteiro, caminha
lado a lado, num cúmplice
compasso
Se deslizam, perdem-se
dos passos
e a fragilidade
vulnera os dois, inteiros,
ameaçando cada qual
à fragmentação

Então, dão as mãos, aos cacos
e de novo, dois inteiros, soerguidos
ultrapassam o limite dos passos
retomando à cúmplice direção

Ser o Meu Ser

Me desequilibro
na corda bamba
da percepção visual...

Ser o meu ser...
Como?
Perturbação infernal!

Oculto na escuridão minha
subtraído, traído e restrito
agoniza por dias e dias
e à noite, com mil poesias
meu ser revela-se a mim...

Encanta(dor)

Soprarei aos quatro cantos
assim, como a brisa morna
que todos os meus encantos
meus sentimentos entorna

Embalada pela brisa
fragmentada pelo canto
minha poesia avisa
que é fruto d'um encanto

Meu canto, encanta(dor)
acentuou-se mais em mim:
um pequeníssimo beija-flor
veio pousar em meu jardim

Tão bela e delicada criatura
inspirou-me neste meu canto
lembrei-me do amor; figura
encantada; poemava tanto ...

" Pois o amor canta em mim
com a pujança do sol, que
arrebata a pedra com singelas
e delicadas flores:amores-perfeito"


Efeito colheita na fonte
e transportadas a um canto
decantante, como a purificá-lo
tornando-o um perfeito amor:encanta(dor)

Reflexo

Rio
Quando choras
assim, por horas
Dissimulada...

Meu riso?

Reflexo
Desconexo
Do teu choro
Mais nada!

Choras.. rindo
Segues.. indo
Vais sumindo
Consumindo
Toda estrada

O que resta?

Tua imagem
Qual miragem
Indigesta
E mais nada!

Cova Rasa

Eu cavei uma cova rasa
Bem no meio do meu peito
Que se consumiu em brasa
Por amor que não tem jeito

Coloquei por sobre a cova
Uma pá cheia de cal
Se um amor não se renova
Sua falência é fatal

E pra finalizar o ato
Uma lápide coloquei
Escrevi um ultimato:
Nunca mais te amarei
TEMPO VIVIDO(acróstico)...

T antos foram os caminhos
E m que me aventurei
M uitos, tortuosos e confusos
P or pouco não me perdi...
O tempo bate à memória:..

V ívidas recordações
I invadem meus olhos
V astas lembranças,
I ntocadas, até então,
D espertam a me lembrar
O tempo vivido em vão...

Borboletas

Borboletas presas sucumbem!
Borboletas têm vida curta,
por isso vivem intensamente,
como se cada vôo fosse o último
e pousam de flor em flor
para sugar o néctar
que as mantém vivas.

Coloridas,majestosas
desfilam toda sua beleza
enquanto,de flor em flor
aproveitam-se do que há
de melhor em cada uma
oferecendo-lhes carícias
momentâneas.
Borboletas prezam a liberdade
presas, sucumbem...

Então,voe!
Alcance flores distintas.
E quando voltar para este jardim
pode ser que esta flor ainda viva.
Então você poderá sugar novamente
o néctar que o fará sentir-se mais vivo
pronto a alçar novos vôos e visitar outros jardins....

Incalto

Ó incalto vivente
advirto-te: atentai
às palavras proferidas
para que não abras feridas
pisando em sentimento alheio.

Exijo respeito!

Lembra-te: a palavra volta
entrará por tua porta
e fará morada em teu peito!

Segredo

Quando o amor vier
me esconderei atrás da porta
de lá, só sairei morta
carregada no caixão

Quando o amor vier
sussurarei no teu ouvido
meu segredo mais contido
permanecendo aqui no chão

Quando o amor vier
esconderei a identidade
e pedirei por caridade
esqueça meu nome:solidão!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

FICO SÓ

Fico só
a observar as horas passarem:
elas se arrastam como um velho
cansado de caminhar
As paredes vazias
me fazem lembrar do passado
E viajo de volta
Revivo as tolas aventuras
que me fizeram aprender
a conviver com a solidão
e esse vazio imenso
me coloca diante de mime envergo-me
Quero fugir mas para onde
se as portas eu fechei
e joguei a chave ao acaso?
Só me resta voltar a observar
o velho cansado a carregar as horas
sozinha...

PADECER

Quero padecer aos teus pés
como a redimir-me dos pecados meus
que tanto ,tanto te fizeram desesperar...

Olha-me...minha vida está-se esvaindo...
Por apenas um fio apega-se ao corpo
aguardando tua palavra de perdão...
Não deixe-me padecer em vão!

sábado, 19 de julho de 2008

Selvagem(acróstico)

Seduzo com maestria
Estendendo apenas a mão...
Lindamnte adornada
Vão-se os olhos...vai-se a mão!
A deslizar pelo corpo
Gostosamente ensaboado
E o perfume a exalar!
Meu quarto incendiando e o sabão a deslizar...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alma Cigana

Tenho Alma Cigana!
Tu não me engana,
se eu não quiser!

Viverei
numa cabana,
se uma proposta
eu tiver!

Sou amante da lua,do fogo,
da água,do vento,da natureza!
Adoro fazer bom jogo,
e dar respostas
com muita firmeza!

Sou dona de ouro e prata!
Uma mulata,chamo atenção!
Meu corpo quase que mata,
de tanto dar satisfação!

Gosto muito de enfeite!
E de deleite...nem me diz!
Só não quero que me rejeite
esse coração de aprendiz!

Devassa

Chamam a mim: devassa!
E por mais que eu faça,
não perco o codinome...

Pudera!
No meu sobrenome,
existe um pronome,
que beira à sedução!

Mas eu,
mulher de renome
que não se consome
com a falação...


Dou as costas
pra esse prénome!
Quem não gostar,some,
com a imperfeição!

Ao Filho da Poetisa

Tua mito(-)lógica figura
me acena desde a infância!
imagem que me fulgura
nos sonhos,grande constância!

Ave rapineira a garimpar,
versos proféticos encantados!
Buscando neles,par em par,
a justificativa dos enamorados

E rumando tu,em frente,sem limite
digo eu,ao vê-lo seguir,
que carrego em mim um bom palpite:
de escrever,nunca hás de desistir!

Dá-me

Dá-me as angústias tuas
e um belo poema irei compor!
Descobrirei as estradas nuas,
emolduradas a teu dispor!

E compondo,lindamente,
livrarei-te desta dor!
Soprarei suavemente,
no teu ouvido,o que é o amor!

E livre da dor angustiante,
seguirás uma vida serena!
Com um sentimento constante,
viverás de maneira plena!

Poli

Polifásica,transparente,insistente,
indecente,compulsiva e algo mais!
Que me torne pouco mais consistente,
agregar,penso que sou capaz!

Me disfarço à noite e de dia,
talvez para poder sobreviver!
Me livrando de qualquer agonia
vou compondo ao meu belprazer!

E o prazer que hoje eu te revelo
me acompanha a noite:melhor!
Me aproximo ainda mais do que é belo
sem derramar uma gota de suor!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aceno

E por quê não?
tirarmos as máscaras,
andarmos com o coração
na mão?

Vestir-mo-nos
com a alma nua, e sorrir!

E por quê não?
Deitar-mo-nos
no chão da rua e sentir!
Amar-mo-nos
à luz da lua, seduzir!

Porque o não?

Se sim, sou o aceno
e o desejo ameno
de ser berço e barco
desse coração devasso?

Porque não o sim,
se o não me abandona à sorte
e fico a desejar a morte?
Embarco nesse barco, enfím.

Pois, que sim!!
E assim seja!
Sendo eu, navegador (preciso) dos mares
a aportar no cais de mim.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mina de estrelas

Mina minha de estrelas,
que reluz mesmo ao dia!
Eu sonho tanto em tê-las!
Tamanha é minha euforia!

Tamanha é minha euforia,
em salpicar meu cúe de sóis!
Resplandescência em nós,
composição do que é dia!

E dia a dia ,nós dois ,a sóis
dois amantes;complacentes
desataremos os muitos nós
desse amor tão compulgente

Desse amor tão compulgente
meu viver,quão consequente
Reavivado ,ser versejante!
Realizado em ser mais amante!
É isso!!! bjs

Ata-me!

Domina-me!
Prenda-me aos teus braços!
Preciso dos teus abraços,
para sentir-me teu!

Toma-me!
Invada a minha boca!
Delira,faça-te louca!
Imploro pelo corpo teu!

Sacia-me!
Suprime meus sentidos!
Atenda os meus pedidos!

Ata meu desejo ao teu!
Serenissima/08

Nunca Fui Santa

Nunca fui santa!
De pequena ralava o joelho,
que ficava todo vermelho
com as marcas do duro chão!

Com os meninos, jogava bola!
Cabulava aula na escola
somente por distração!

Subia no muro alheio,
roubava fruta sem receio,
de toda e qualquer punição!

Andava descalça na rua,
pouca roupa,quase nua:
Deitavam em mim falação!

Diziam que eu era menino!
Diziam que eu não tinha tino,
nem tão pouco educação!

Cresci,me tornei mulher
que sabe bem o que quer
sem nenhuma ponderação!

Mas o rótulo ainda carrego
e a ele de alma me entrego:
Nunca fui santa,não!

Hesitação

Necessito
obtemperar valores,
princípios!

Aquieto-me!

Hesito...

Novamente reflito!

Aguardo...

Agonia martiriza a alma...


Rendo-me!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Doce Rio

Na beira de um doce rio,
um vento frio então cantou!
Um passarinho desceu do ninho,
e um sublime amor me revelou!

Essa revelação perfeita
tao rarefeita,me encantou!
Assemelhava-se a coisa feita!
Sem ser desfeita,me decantou!

Com o peito,então , arfando,
Dominado eu me senti!
De amor me,contagiando
Jurando :Amarei somente a ti!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cruel

Cruel és tu,
coração meu!
Que me põe
nessa situação de embaraço...

Não consigo atar o laço!
Passe o braço
à lucidez!
Não seja tão ingrato,
decida-se de vez!

Senão,ficarei aflito
capaz de soltar um grito
ensurdecedor!

Senão,ficarei falido!
Com o peito corroído
tamanha acidez!

Deixa corar minha tez!

Quero amar outra vez!

Ver-te

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do convés,
má-sorte,azar,revés...
Eu:sem noçao!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do mundo,
roto,sujo,imundo...
Eu:sem comoção!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés do mudo,
surdo,cego,desnudo...
Eu:sem objeção!

Quero ver-te assim:
jogado aos pés da fonte,
sedento,agonia ao monte...
Eu:sem obtemperação!

Enquanto você dormia

Enquanto você dormia
fiz verso,fiz poesia
e na madrugada fria:
me animei!

Rimei,sonhei acordada
que eu era por ti amada
e por ninguém comparada:
me excitei!

Voltei para a cama correndo
com pressa,saí do sereno
entrelacei com meu moreno:
E o amei!

Concubina

Ofereço-te o corpo meu
faça dele o que quiser!
Prenda-o junto ao teu
faça-me mais que mulher!

Derrama em mim teu gozo
agri-doce...alucinante!
Lança-me um, olhar jocoso
como se fosse principiante!

Serei tua concubina
dançarina dos sete véus!
O que não souber,me ensina
levando-me então aos céus!

Sinto-te

Sinto-te salivar
enquanto lentamente dispo-me
e tanto gosto tenho nisto
que me demoro um pouco mais...

Seria capaz
de levar uma eternidade
só para ver-te gozar
sem contato!

Mas o fato,
me privaria do teu jato
quente e viril...

Induzo-te
a possuir-me
antes mesmo de concluir
meu pensamento...


E no gozo do momento
encontro minha paz!

Delírios

Minha mente
em convulsão,delirou...
E vagou por paragens estranhas
dessas de arrepiar:

Vi corcéis decaptados
alados,com labaredas incandescentes!

Vi botos,tritões e sereias
nas areias de escaldante deserto;quentes!

Vi por fim,futuro incerto
plainando sobre minha cabeça!

Não que eu mereça,
mas obtempero po desperta!

Ao Pó

Apega-te a fria armadura
presa em fausto melindre
acabrunha tua fisionomia bruta
restringuindo em vis,tuas atitudes

Entrelaça teus braços ao peito
nórdico plano traçado
quedado ao relento,suspeito
aspirando o pó , sufocaste

Engasgado com tosco requinte
convulsiona,asfixia-se e parte
sucumbindo tal qual um pedinte
sai do mundo bem como entraste!

Uma poesia

Uma poesia
Caliente
Indecente
Consciente

Uma poesia
Às vezes amena
Às vezes serena
Às vezes pequena
Às vezes plena


Uma poesia
Valente
Cadente
Vidente
Coerente

Uma poesia
Que presente!
Que antevê!
Que sente!

Uma poesia...Você!

domingo, 6 de julho de 2008

Lua Nova

Lua nova
me prova
nova lua
novamente tua
serei;
totalmente
nua de pudore
mas com meus valores
me preservar!

Lua nova
nova lua
me prova
perfeita;novamente
para gente se amar!

Sopro gélido

Senti um sopro gélido
a envolver o corpo meu
e fiquei assim,tétrico
como se estivesse num breu

Todo meu ser,serenou
toda minha carne,fria
a agonia,que você gerou
transformou-se em poesia

Foi então que então que entendi
o que muito desejava
um anjo gélido;compreendi
foi ele a quem beijei...

Expurgo

Expurgo todo meu pecado
sai assim;podridão fedida
envolta por ser alado
minh1alma foi socorrida

E o o ser a lado,bondoso
resgatou-me da podridõ
passo então a ficar mais cheiroso
expurgado,levanto do chão!

A Concha

sábado, 5 de julho de 2008

À parte,ida

À parte;
tua ida não será em vão
partirás mas deixarás teu coração
na mão de quem tanto te ama

Indubitavelmente,
não te enganes
pois a prerrogativa é verdadeira
a família torcerá (inteira)
pelo teu sucesso lá fora

Que não tardará(sem demora)
mas ainda assim,é chegada a hora
de dizermos,à parte,uma despedida:
-Vá em Paz!

(pela despedida de um querido,convocado à Angola)

Eu

Busco-me
sem encontro
martirizo minh'alma
apelando a recursos impróprios
sem resultado...

Cansada,
sem fôlego para continuar
entrego-me à inércia
abrindo fundas feridas,expostas
difíceis de cicatrizar...

O tempo,
paciente e companheiro
faz-me ver de corpo inteiro:
uma imagem pavorosa...

Num estalo,desperto!

Agora,
novamente diante do espelho
vejo um reflexo verdadeiro
encontro-me diante de mim!

Ré...confesso

Sou culpada
por ser tão impulsiva
e me torno repulsiva
por tão frágil emoção

Sou culpada
por não ter receio
e não segurar o freio
da imaginação

Sou culpada
sou ré... confesso
nem por isso eu peço
a absolvição

Pagarei
pela pena prevista
pode mandar a lista
da condenação...

Tudo parou

Tudo parou!

O fogão que acendeste
os lencóis que embolaste
a torneira que a pingar deixaste
o cachorro que afagaste
o vento que soprar fizeste...

Silêncio!

E enquanto tu partias
sem grandes agonias
um olhar triste encenaste

Para trás,uma despedida:
deixaste estendidas
tuas roupas pelo chão

Bem ao lado,
um bilhete cheiroso
com um texto horroroso:
-Te quero mais não!

De tudo

De tudo
sinto um pouco:
ira,inveja,desejo
repulsa,calor,teu beijo...

Mas o que mais me envaidece
é lançar-te um olhar indiferente!

Quisera eu,na verdade
que tu,num ato impulsivo
gritasses ao pé do meu ouvido:
Querida,te amo também!

Minh'alma

Minh'alma vagueia
perambula por becos escuros
a procura de um pedaço de pão

Não!

Não quero ser mais um indigente
um pedinte,um náufrago no temporal
mas sinto uma fome doída,latente

Que me corrói o cérebro
que me corrói o âmago
que me corrói o orgulho

Que me corrói...

E de mim,pouco resta
a não ser minh'alma vagante
a procura de um pedaço de pão...

Não quero!

Não quero
nada que me prenda
nem vestido de renda
nem ao menos batom

Passei
pela vida rasgada
e vivi engasgada
como a prender o tom

Agora,
desfeita a trama
me despeço sem drama
em alto e bom som

Só peço,
não me mande flores
tiraram-me as dores
ah!como foi bom!